Os casos de dengue seguem em queda no Distrito Federal. Em 2021, até a semana epidemiológica 25, observou-se um decréscimo de 76,2% no número de casos prováveis quando comparado ao mesmo período do ano passado.
“São desenvolvidas ações preventivas de forma rotineira e que envolvem vários órgãos do governo atuando em parceria com a população”José Carlos Natal, diretor de Vigilância Ambiental
O número de óbitos também apresentou redução no período. Até o momento, foram registrados sete óbitos, sendo três de moradores de Ceilândia e quatro de Planaltina. O cenário mostra melhora em comparação ao ano passado, quando foram registrados 39 óbitos. Os dados foram divulgados no boletim epidemiológico semanal da Secretaria de Saúde.
Para o chefe da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), José Carlos Natal, os dados refletem o trabalho intensivo e colaborativo realizado ao longo do ano. “São desenvolvidas ações preventivas de forma rotineira e que envolvem vários órgãos do governo atuando em parceria com a população”, explica.
São várias as frentes de combate ao mosquito, entre elas o tratamento focal com inseticidas e larvicidas, bloqueio focal, aplicação de inseticidas em territórios específicos e visitas domiciliares.
Natal destaca que mesmo com os casos em queda no Distrito Federal, é preciso manter a rotina de cuidados no combate aos vetores. “Devemos lembrar que, no âmbito das arboviroses, todo dia é dia D”, reforça lembrando que as ações devem ser contínuas e que o apoio da população é fundamental. “Pedimos que os cuidados sejam mantidos dentro e fora de casa, buscando evitar água parada e a proliferação do mosquito”, orienta.
Situação por região
A Região de Saúde Norte foi a que apresentou o maior número de casos prováveis (4.089) em relação ao total de casos do DF, seguida da região Leste (1.461) e da região Sudoeste (1.288). Juntas, as três regiões respondem por 69,7% dos casos prováveis no DF até o momento.
Já quando se analisa o número de casos por região administrativa, nota-se que Planaltina teve o maior número de casos prováveis (2.398); em segundo lugar aparece Sobradinho (1.030) e, em terceiro, Ceilândia (881).
Imóveis vistoriados
As equipes da Vigilância Ambiental visitaram um total de 700.597 imóveis de janeiro até junho. Os objetivos da ação são tratar possíveis depósitos com acúmulo de água, instalar e monitorar armadilhas, realizar bloqueio focal e trabalho em pontos estratégicos, como depósitos de ferros velhos, borracharias, entre outros. O diretor da Dival ressalta a importância das equipes no trabalho de campo, fazendo as vistorias para combater possíveis focos do mosquito.
O trabalho da Vigilância Ambiental ocorre de maneira conjunta com a Vigilância Epidemiológica e por meio da Sala Distrital, composta por representantes de vários setores da sociedade, em que vários órgãos do GDF trabalham em conjunto nas ações contra a dengue. Estão envolvidas as secretarias das Cidades, da Agricultura, da Educação, da Comunicação, da Casa Civil, Serviço de Limpeza Urbana (SLU), DF Legal, Novacap, Caesb, Corpo de Bombeiros Militar, Emater, Ibram, administrações regionais, entre outros.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF
Por Redação do Jornal de Brasília com informações de Sueli Moitinho
Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF