PF indicia Bolsonaro, Braga Netto e outros 35 em inquérito sobre golpe de Estado

Relatório deve ser entregue a qualquer momento ao ministro Alexandre de Moraes, no STF

84

Polícia Federal decidiu indiciar 37 pessoas por participação em uma tentativa de golpe de Estado e por integrar uma organização criminosa. As informações foram obtidas pelo Correio junto a fontes na corporação. O relatório final do inquérito que investiga os atentados de 8 de janeiro e articulação de um plano golpista deve ser entregue hoje no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os indiciados, devem estar o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e Augusto Heleno, de acordo com autoridades ligadas ao caso. O relatório detalha como atuou uma organização criminosa para tentar impedir que o resultado das eleições fosse oficializado.

De acordo com a corporação, em 2022, foi colocado em prática um minucioso planejamento para tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice, Geraldo Alckmin. Também foram planejados ataques contra ministros do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com informações apresentadas no documento, Bolsonaro sabia do planejamento para tentar tomar o poder e chegou a editar uma minuta golpista que seria decretada para dar aparente legalidade aos atos inconstitucionais.

A PF afirma que ele também sabia do plano para tentar matar o presidente Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. A corporação aponta o envolvimento de militares do alto escalão do Exército no plano golpista. A partir das informações que serão enviadas ao gabinete de Moraes, o magistrado deve pedir manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Cabe ao órgão apresentar denúncia contra os acusados, se entender que os fatos narrados representam crime.

Eles são acusados de:

Golpe de estado: 4 a 12 anos de prisão;

Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 4 a 8 anos de prisão;

Integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão.

Por Renato Souza do Correio Braziliense

Foto: Divulgação/Agencia Brasil / Reprodução Correio Braziliense

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui