De acordo com o processo expedido pela 2ª Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal, os estudantes devem manter distância de 300 metros do professor. Além disso, estão proibidos de manter contato, por qualquer meio de comunicação, com o educador.
De acordo com a decisão, alunos não podem frequentar a casa onde o professor mora e a escola em que ele trabalha atualmente. Após as agressões, o educador foi transferido, e está se recuperando psicologicamente do trauma, segundo outro professor que denunciou o caso.
A validade das medidas é de 180 dias. A ação foi movida pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF). Segundo a advogada do sindicato Robertta Hutchison “o professor ainda está em processo de recuperação, e o trauma sofrido foi profundo, deixando marcas visíveis das agressões. Desde o ocorrido, ele tem recebido acompanhamento psiquiátrico para superar o impacto e tentar retomar sua vida normal. Após conseguirmos a medida cautelar, o professor se sente mais seguro, o que tem contribuído significativamente para o seu processo de recuperação”.
Relembre o caso
Na tarde de 18 de fevereiro, um ex-professor do Centro de Ensino Vale do Amanhecer denunciou que um professor deficiente visual da escola teria sido espancado por três alunos do Ensino Médio, na região do Condomínio Mansões do Amanhecer.
O ataque ocorreu após os alunos não atenderem o pedido do professor para que guardassem os celulares. A direção foi chamada e repreendeu os estudantes. Após a aula, o docente foi seguido até o ponto de ônibus, onde o atacaram. As agressões só encerraram depois que o motorista de um ônibus desceu do veículo para ajudar a vítima.
Por Correio Braziliense
Foto: Ed Alves CB/DA Press / Reprodução Correio Braziliense