O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa, explicou como a alta carga tributária no Brasil afeta os lojistas e comerciantes da capital, durante o programa CB.Poder — parceria do Correio Braziliense e a TV Brasília — desta quarta-feira (28/05). Aos jornalistas Sibele Negromonte e Roberto Fonseca, ele também comentou sobre o Dia Livre de Impostos, iniciativa da confederação que beneficia consumidores do DF, oferecendo produtos e serviços com preços livres de tributos.
César lembrou que a campanha “Dia Livre de Impostos”, na próxima quinta-feira (29/05), completa 18 anos de existência. Criada em Minas Gerais, foi adotada no DF e garante preços mais baixos para os consumidores. “Essa data foi criada como uma forma de protesto à carga tributária no Brasil. Ela é feita, geralmente, no final de maio, porque são os meses em que o brasileiro trabalha para pagar imposto”, comentou. Além disso, César pontuou qual tipo de produto mais procurado. “Inicialmente, foi feita para os combustíveis, oferecendo um preço de custo para os consumidores. Então, na próxima quinta-feira (29/05), os moradores poderão comprar a gasolina por um preço mais baixo em alguns postos. Essa conscientização é importante para que a população saiba o impacto que a carga tributária tem na sua vida”, complementou.
O entrevistado ressaltou que nem todos os produtos, nem todas as lojas, irão participar do movimento. “Alguns produtores participarão desse evento. Cada loja escolhe o produto que deseja comercializar sem os impostos. As empresas que estão aderindo à iniciativa podem entrar no site (da confederação) para registrar alguns produtos que vão ser vendido sem a carga tributária”, comentou.
O presidente da CNDF também comentou sobre o impacto que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) deve causar na economia. “Todo imposto incomoda os varejistas, porque quando o empresário recebe toda essa carga tributária, ele precisa proteger a sua empresa e esse imposto vai ser repassado. A população, por mais simples que seja, está sujeita a esse repasse de custos para os produtos que ela vai adquirir no dia a dia”, ressaltou.
“Não tem mais como suportar essa carga tão pesada”, desabafa César. Ele assegurou que movimentações estão sendo feitas no Congresso Nacional, através de reuniões com deputados e senadores, para que o governo entenda que a solução não é tributar.
* Estagiário sob supervisão de Márcia Machado
Por Painel da Cidadania
Fonte Correio Braziliense
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press