os cuidados necessários ao lidar com animais que possam transmitir doenças, como os morcegos. Até junho deste ano, o DF diagnosticou dois desses mamíferos com raiva.
Da espécie Artibeus lituratus, os morcegos observados são conhecidos por se adaptarem facilmente às áreas urbanas e possuírem hábitos frugívoros – ou seja, se alimentam de frutos. Nos casos identificados, os morcegos não tiveram contato direto com humanos, apenas com cachorros.
“Os morcegos são animais silvestres, protegidos por lei e possuem uma importante função ecológica, porém é preciso estar atento quando se encontra um animal fora do comportamento habitual dele, como durante o dia, caído no chão ou adentrado nas residências”, orienta a gerente da Zoonoses, Camila Cibeli Soares. “Nesses casos, é preciso um pouco mais de cautela.”
Cuidados essenciais
A raiva é uma zoonose grave, que pode ser transmitida pela mordedura, lambedura ou arranhadura de algum animal infectado. “Às vezes, no contato, o animal pode morder para se defender, mesmo sendo frugívoro”, lembra a gerente de Zoonoses.
Nesses casos, a recomendação é isolar o morcego com segurança – cobrindo-o com um balde e colocando um peso em cima – até que a equipe técnica possa recolhê-lo. Caso ocorra contato com o animal, a orientação é lavar imediatamente as mãos com água e sabão.
“De qualquer forma, é importante acionar a gerência de vigilância ambiental para realizar o recolhimento do morcego e o encaminhar para o diagnóstico”, reforça Camila Soares. “Também é importante avisar se o animal doméstico teve contato com os morcegos, para que seja feita a observação quanto ao risco de raiva, e iniciar o protocolo pós-exposição do animal.”
Protocolo
Quando animais domésticos, como cães e gatos, entram em contato com morcegos, é aplicado o protocolo de pós-exposição para raiva, em que o animal é vacinado outra vez contra a doença e segue em observação. Na rede pública, a vacina é gratuita e está disponível em diversos pontos do DF.
Casos
Entre 2019 e 2025, o Laboratório de Diagnóstico de Raiva recebeu 3.454 amostras, sendo 27 positivas, diagnosticadas em 22 morcegos, quatro bovinos e um equino. Já os casos de raiva humana no Distrito Federal foram apenas dois: um em 1971 e outro em 2022.
Como acionar o serviço
A população pode acionar a Vigilância Ambiental pelos números (61) 3449-4432 e 3449-4434 (WhatsApp) ou pelo e-mail zoonosesdf@gmail.com.
O atendimento via telefone está disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. É importante informar a localização, o tipo de animal e, se possível, enviar fotos para auxiliar no atendimento.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Por Painel da Cidadania
Fonte Agência Brasília
Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF