olhar revela ansiedade, mas também alívio. “Essa análise é fundamental para o meu tratamento. Tenho um câncer e, sem esse exame, não teria como acompanhar a evolução”, conta. Desde que começou a fazer ressonâncias magnéticas no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Veronice passou a sentir que cada laudo é uma etapa vencida.
A ressonância magnética é um dos métodos mais avançados para investigar o corpo humano sem cortes, sem radiação e com precisão suficiente para diferenciar até os menores detalhes entre tecidos. “É uma ferramenta indispensável, que possui alta resolução de contrastes. O exame é capaz de diferenciar com muita clareza tecidos e estruturas que têm composições físicas ou químicas muito semelhantes, medindo tamanhos de massas, fraturas e até monitorando se o tratamento está funcionando”, explica a radiologista Ana Carolina de Freitas.
No HBDF, o impacto desse exame vai muito além dos gráficos e imagens. Só nos últimos três meses, entre 12 de maio e 14 de agosto, foram realizados 315 exames, com uma rotina que inclui 12 agendamentos diários, dois encaixes e um atendimento prioritário para pacientes internados. Cada sessão é mais do que um procedimento técnico: é uma possibilidade concreta de diagnóstico rápido e tratamento preciso.
Mais agilidade
A chefe do Serviço de Enfermagem em Radiologia, Eva Fernanda, reforça que a rapidez no atendimento tem feito a diferença. “Hoje, conseguimos realizar o exame em menos de 15 dias após a solicitação. Isso significa menos tempo de espera, mais agilidade no diagnóstico e, consequentemente, mais chances de sucesso no tratamento”, destaca.
Os benefícios para a saúde pública não se restringem ao câncer. A ressonância também detecta fraturas ocultas, distensão de ligamentos, massas abdominais e alterações em órgãos internos. Em casos específicos, é possível visualizar as vias biliares, o pâncreas e a vesícula biliar, com uma tecnologia que oferece imagens tão detalhadas que se tornam fundamentais para orientar procedimentos cirúrgicos.
Operar um equipamento de alta complexidade exige cuidado e preparo. A técnica em radiologia Elisabeth Rocha explica que, muitas vezes, a ressonância vem depois de exames de raios-X ou tomografia. “Ela é mais aprofundada, detalha lesões e doenças com mais clareza. Para alguns exames, pedimos preparo específico, como jejum ou uso de medicamentos que ajudam a melhorar a qualidade da imagem”, afirma.
Para pacientes como Veronice, todo esse cuidado técnico se traduz em confiança. “Sei que a equipe faz o possível para que o exame saia perfeito. Cada imagem ajuda meu médico a decidir o próximo passo do meu tratamento”, relata.
No Hospital de Base, o serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.
*Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Por Painel da Cidadania
Fonte Agência Brasília
Foto: Divulgação/IgesDF