Pesquisadores descobrem como moléculas contribuem para o avanço do Alzheimer

Essa descoberta abre novas perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos eficazes contra a doença

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Pesquisadores alemães e chineses descobriram um mecanismo molecular que contribui significativamente para a progressão da doença de Alzheimer. A equipe demonstrou que um complexo neurotóxico de proteína-proteína é responsável pela morte de células nervosas no cérebro e pelo consequente declínio cognitivo. Segundo os cientistas, essa descoberta abre novas perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos eficazes.

Em experimentos com camundongos, os pesquisadores conseguiram quebrar o “complexo mortal” proteína-proteína usando uma molécula neuroprotetora. Essa abordagem difere das estratégias de tratamento anteriores para a doença de Alzheimer.

“Em vez de direcionar a formação ou remoção de amiloide do cérebro, estamos bloqueando um mecanismo celular a jusante, o complexo NMDAR/TRPM4, que pode causar a morte de células nervosas e – em um ciclo de retroalimentação que promove a doença – promove a formação de depósitos amiloides”, afirma o neurobiólogo Hilmar Bading.

Apesar da descoberta ser animadora, uma aplicação clínica ainda está distante. “Os resultados anteriores são bastante promissores no contexto pré-clínico, mas desenvolvimento farmacológico abrangente, experimentos toxicológicos e estudos clínicos são necessários para concretizar uma possível aplicação em humanos”, cita Hilmar Bading.

Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

Os resultados foram publicados na revista Molecular Psychiatry e podem ser acessados na íntegra neste link.

Por Painel da Cidadania

Fonte Correio Braziliense      

Foto: Reprodução/Freepik

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