Ao ouvir a pergunta “Quando um ovo cai no chão, ele se quebra; e quando uma criança cai?”, Matheus Torres, 7 anos, responde: “A gente se machuca, ué!”. Atendido pelo Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), Matheus foi uma das crianças que participaram da Campanha de Prevenção do Risco de Quedas do HCB. Na última semana de agosto, a mascote Humpty Dumpty passou pelo ambulatório, chamando a atenção para os riscos que uma queda pode trazer.
A campanha se alinha às metas internacionais de segurança do paciente, estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Principalmente na pediatria, uma queda pode causar a necessidade de intervenções, procedimentos, exames de imagem, a criança pode sofrer alguma fratura. O objetivo da prevenção é impedir que o tempo de internação aumente e que a criança tenha complicações além da própria doença que já a trouxe para a internação”, explica Lorena Borges, gerente da Linha de Cuidado ao Paciente Oncohematológico do HCB.
Durante a infância, a queda é uma situação comum, já que as crianças gostam de correr e brincar. “Eu já caí e machuquei o cotovelo; doeu, mas eu não chorei: tomei banho e passou”, garante Matheus. Quando a criança está internada, no entanto, a situação é diferente.
“A complicação da queda em um hospital é muito maior. Precisamos, sim, prevenir o risco de queda, porque no ambiente hospitalar a criança está debilitada. Nas internações, fazemos ações de forma educativa todos os dias, na hora da visita beira-leito”, afirma Lorena Borges. Os acompanhantes das crianças internadas são instruídos a manter as grades da cama levantadas, não deixar que o paciente vá ao banheiro desacompanhado e ter atenção ao calçado utilizado pela criança, entre outras orientações.
A campanha se estendeu aos funcionários responsáveis pelo atendimento nas unidades de internação. A equipe assistencial participou de treinamentos lúdicos, com jogos e questionários, como forma de reforçar a necessidade de seguir as condutas que evitem quedas e sempre orientar os pacientes e acompanhantes.
Para a técnica de enfermagem Dejanira dos Santos, a realização da campanha é positiva e estimula a equipe a trocar experiências sobre o cuidado com os pacientes: “Além da gente recapitular as orientações, podemos trazer alguns acontecimentos e tentar melhorar. Cada criança é diferente, então sempre podemos relembrar e discutir”.
*Com informações do HCB
Por Painel da Cidadania
Fonte Correio Braziliense
Foto: Maria Clara Oliveira/HCB