Albergue temporário do Castra-DF transforma vida de cães resgatados e prepara animais para adoção responsável

Espaço oferece cuidados veterinários, adestramento e socialização; atualmente, unidade acolhe e atende mais de 70 animais

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Cães abandonados de todas as regiões administrativas agora encontram cuidado, proteção e acolhimento no albergue temporário do programa Castra-DF, da Secretaria Extraordinária de Proteção Animal (Sepan). Segundo o responsável pelo espaço, Pedro Ilha, cada animal resgatado recebe primeiro uma consulta com um veterinário clínico geral. Em seguida, passa por castração, vacinação (antirrábica e múltipla) e microchipagem, além de participar de processos de ressocialização. Só depois desses cuidados é que eles ficam disponíveis para novas famílias.

“Esse albergue é uma extensão do projeto Castra-DF. A intenção é resgatar 150 animais em situação de rua de diferentes regiões administrativas para fazer a reabilitação dos bichinhos até eles encontrarem um novo lar. Muitos foram resgatados da rua, de situações precárias, e carregam traumas. Animais que viveram situações de maus-tratos acabam sendo mais arredios e precisam aprender a viver em comunidade”, explica Pedro Ilha.

Socialização guiada

Inaugurado em junho, o albergue hoje abriga 77 animais resgatados, sendo 33 filhotes. São 16 baias, uma sala de internação e uma sala de banho e tosa. Na parte de cima, ficam os vestiários da equipe, banheiros, copa e a sala de armazenamento de ração. A equipe é multidisciplinar, formada por médicos veterinários, auxiliares de limpeza e adestradores.

Os cães participam de atividades que estimulam o bem-estar físico e emocional, como passeios com terapia solar, exercícios em grupo e brincadeiras coletivas na quadra. Também exploram a trilha ecológica, aprendendo a interagir com o ambiente de forma segura e saudável. Além disso, os cães adultos passam por adestramento e adaptação para serem adotados.

“Nós oferecemos terapias, incluindo terapias holísticas. Aqui, os animais interagem entre si, brincam e se relacionam, mesmo não sendo da mesma ninhada ou idade. Eles aprendem a conviver e compartilhar alimentos e o espaço”, explica a veterinária do albergue, Simone Dourado. “Um animal apto para adoção se alimenta normalmente, demonstra mais docilidade e participa de atividades como trilhas ecológicas e hidroterapia. O objetivo do albergue é torná-lo mais sociável, evitando comportamentos agressivos e preparando-o para um ambiente familiar”, complementa.

Vidas transformadas

Os animais poderão ser adotados em feiras promovidas pela Organização de Controle Social (OCS) responsável pelo projeto. Além da divulgação de fotos e informações nas redes sociais, em canais oficiais e parceiros, com contatos para interessados.

Para adotar, é preciso ter mais de 18 anos, apresentar comprovante de residência e documento de identidade com foto, além de preencher e assinar um termo de responsabilidade. Os interessados também recebem orientações sobre os cuidados necessários com os animais.

Denúncia segura

A Sepan disponibiliza um canal de comunicação via WhatsApp (61) 98199-2410 para receber informações sobre animais em risco nas ruas, solicitar recolhimentos e esclarecer dúvidas.

“Nós mapeamos os cachorros sem dono por cinco dias para confirmar que estão realmente abandonados. Depois, capturamos e trazemos para o albergue. Também recebemos animais por demandas judiciais ou a pedido do governo”, explica Elisângela Araújo, presidente do Instituto Omni de Desenvolvimento Social, a OSC parceira da Sepan na execução do projeto.

Por Painel da Cidadania

Fonte Agência Brasília

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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