44% dos pacientes com diabetes tipo 2 estão sem diagnóstico ou tratamento

No Brasil, o número de pessoas com diabetes é estimado em 24,59 milhões pelo Ministério da Saúde

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Uma grande parcela da população global com diabetes tipo 2 permanece sem diagnóstico ou não está recebendo tratamento adequado, de acordo com um novo estudo publicado na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology. O Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington e uma rede global de colaboradores conduziram a análise em  204 países e territórios, com dados de 2000 a 2023.

Em 2023, estima-se que 44% das pessoas com 15 anos ou mais com diabetes desconheciam a condição. O subdiagnóstico foi maior entre os jovens adultos — apesar de enfrentarem maiores riscos de complicações a longo prazo.

Entre os diagnosticados, 91% estavam em algum tipo de tratamento farmacológico. No entanto, entre aqueles em regime terapêutico, apenas 42% tiveram os níveis de açúcar no sangue controlados. Isso significa que apenas 21% de todas as pessoas com diabetes em todo o mundo têm a condição sob controle ideal.

Epidemia

“Até 2050, espera-se que 1,3 bilhão de pessoas vivam com diabetes e, se quase metade não souber que tem uma condição de saúde grave e potencialmente mortal, isso poderá facilmente se tornar uma epidemia silenciosa”, disse, em nota, Lauryn Stafford, primeira autora e pesquisadora do IHME. Dado o ritmo acelerado de aumento dos casos, a pesquisa ressalta a necessidade urgente de investimento em programas de triagem para populações mais jovens e no acesso a medicamentos e ferramentas de monitoramento da glicemia, especialmente em regiões carentes. 

No Brasil, o número de pessoas com diabetes é estimado em 24,59 milhões pelo Ministério da Saúde. A endocrinologista Deborah Beranger, do Rio de Janeiro, explica que os pacientes precisam ser educados sobre mudanças no estilo de vida para controlar a doença. “Quando não controlada, a diabetes resulta em excesso de inflamações com consequências negativas para todo o organismo, incluindo visão, nervos e membros inferiores, além de provocar desidratação, dificuldade de cicatrização e complicações respiratórias. Rins e coração estão entre os principais afetados”, alerta. (Paloma Oliveto)

Prêmio do Correio

A jornalista Carmen Souza, editora de Opinião do Correio, foi vencedora do IX Prêmio SBD de Imprensa, promovido pela Sociedade Brasileira de Diabetes na categoria mídia impressa. A reportagem, veiculada em 13 de junho, mostra os resultados de estudos que comprovam como mudanças no estilo de vida podem evitar que a pré-diabetes, condição clínica que afeta 16 milhões de brasileiros, evolua para a diabetes tipo 2.

Por Painel da Cidadania

Fonte Correio Braziliense

Foto: Pexels

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