Nos 35 anos do SUS, projeto do IgesDF une humanização e atendimento seguro de pacientes

Unidades de saúde do instituto colocam o paciente no centro do cuidado

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Quando criança, Djalma Araújo, 72 anos, lembra que a família precisava juntar dinheiro para cada consulta médica. “A gente tinha que escolher: ou comprava comida ou levava meu pai ao médico”, recorda. Hoje, ela celebra os 35 anos do SUS com gratidão. “Faço meus exames e consultas no hospital público sem gastar nada. É um direito que mudou a vida da minha família”, conta.

Tânia Moraes, de 56 anos, sempre teve plano de saúde. Mas quando quebrou o ombro em um acidente doméstico, já não estava mais pagando as mensalidades. Sem recursos, foi levada ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde recebeu atendimento de emergência, internação e cirurgia com prótese. “Eu tinha preconceito com o SUS, achava que não funcionava. Mas tudo correu bem e o cuidado da equipe foi excelente”, elogia.

Nesta sexta-feira (19), o Sistema Único de Saúde (SUS) completou 35 anos. Desde 1990, o serviço público garante, de forma gratuita e universal, o acesso de milhões de brasileiros a cuidados que vão da Unidade Básica de Saúde até procedimentos de alta complexidade. Há seis anos, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) assumiu a administração de várias unidades de saúde no DF que continuam 100% no SUS. “Nenhum hospital ou UPA do IgesDF exige pagamento por consultas, exames, medicamentos ou procedimentos, todos os serviços são assegurados pelo SUS”, destaca Cleber Monteiro, presidente do instituto.

Responsável pelos Hospitais de Base, Regional de Santa Maria, Cidade do Sol e 13 unidades de pronto atendimento (UPAs), o IgesDF foi além. Com a implementação do programa Humanizar, idealizado pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, ainda em 2019, o Instituto coloca o paciente no centro do cuidado, inspirado na Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde. “O programa garante acolhimento em todas as unidades, valoriza a escuta qualificada e oferece suporte a usuários e acompanhantes, tornando a experiência no sistema de saúde mais respeitosa e acolhedora”, explica Anucha Soares, gerente do programa.

SUS e humanização

O Programa Humanizar dentro do IgesDF se antecipou até mesmo ao próprio SUS. Em abril de 2025, a Lei nº 15.126 atualizou a legislação do SUS, incluindo a atenção humanizada ao lado da universalidade, integralidade e equidade. Isso significa que, além de garantir atendimento gratuito, o SUS agora tem a obrigação legal de oferecer respeito, acolhimento e comunicação clara em todas as etapas do cuidado.

Antes, a humanização era tratada em programas e diretrizes do Ministério da Saúde como a Política Nacional de Humanização. Agora, torna-se uma obrigação legal, vinculando gestores, profissionais e serviços de saúde em todo o país.

Com o Humanizar, o IgesDF reforçou as práticas de acolhimento, comunicação clara, respeito à individualidade e protagonismo do paciente. “Ações de humanização já acontecem dentro de várias secretarias de saúde pelo país. No Iges é diferente. Fazemos contratação direta, exclusiva para esse serviço. Nosso colaborador fica na porta acolhendo e individualizando o atendimento não só do paciente, mas dos seus familiares também”, completa Anucha.

“Nós já colocamos a humanização como eixo central do cuidado. Estamos à frente das mudanças na Lei e, por isso, somos referência nessa prática”, conclui o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro.

*Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

Por Painel da Cidadania

Fonte Agência Brasília

Foto: Divulgação/IgesDF

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