Natal deve injetar R$ 670 milhões na economia do DF

Com a reabertura das lojas e o avanço da vacinação, o comércio movimentará R$ 480 milhões a mais, em relação ao último natal

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O Natal está chegando e, enquanto os consumidores saem às compras, os comerciantes se preparam para vender com maior intensidade nas festividades deste ano. É previsto que, no mês de dezembro, as vendas movimentem R$ 670 milhões na economia do Distrito Federal, comparado aos R$ 190 mi gastos no Natal de 2020, terá aumento de R$ 480 milhões de reais.

No ano de 2020, as lojas de rua e de shoppings foram afetadas pelos efeitos da crise Covid-19, que reduziu as vendas e determinou o fechamento de pelo menos 1.500 empresas, causando a demissão de 4.500 pessoas. O Sindivarejista aponta que em todas as datas especiais do ano anterior- dia das mães, dos namorados, dos pais, das crianças, Black Friday e Natal – as vendas foram negativas em média -2%.

Já em 2021, o faturamento médio do comércio no DF cresceu entre 6% e 9% nas datas especiais, por exemplo, agora no final de novembro, a projeção foi positiva de 14% para a Black Friday. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Edson de Castro, disse que “o cenário é diferente graças ao avanço da vacinação, o que causou a redução dos casos da doença. Hoje, há mais pessoas no comércio fazendo compras”.

Lojistas estimam que os setores de roupas, calçados, brinquedos e objetos para o lar devem ter alta entre 12% e 14% nas vendas de fim de ano, contra -2% do Natal de 2020. Vilmar Elesbão, 58, gerente da loja Free Center, mostrou otimismo com os dois próximos meses do ano, pois já em outubro as vendas subiram em 10%. “Em dezembro, vamos conseguir subir pelo menos de 20% a 30% a mais em relação a 2020. Para novembro, esperamos um crescimento significativo também por causa da Black Friday, a última sexta-feira do mês é uma data de movimento expressivo”, declarou Vilmar.

Para o segmento da estética e cuidado pessoal, Thiago Henrique, proprietário da franquia Sobrancelhas Design no Conjunto Nacional, espera que as pessoas “se arrumem”com uma necessidade maior de sair de casa neste período de festividades. Ele explica que “na loja, nós vendemos produtos de beleza e oferecemos serviços de design de sobrancelhas, epilações e maquiagem. Até o fim de dezembro, eu prevejo um aumento de 50% no faturamento com a venda maior nos serviços e produtos de maquiagem”.

O Sindivarejista prevê que o gasto médio por consumidor deve subir neste final de ano. Sebastião Abritta, vice-presidente da instituição, estima que aumentará em 40,00 reais, de R$ 230 em 2020 para R$ 270 em 2021. Para Greiciane Alencar, 38, gerente da loja de departamento Marisa, a expectativa alta de vendas de Natal surgiu com a vacinação em dia da população e a volta do horário normal de funcionamento das lojas.

Apesar disso, Aurélio Messias, 60, pai de três filhos de 13, 10 e 4 anos, conta que está insatisfeito com os preços dos produtos, roupas, brinquedos e comida. Todos os anos, ele faz questão de comprar novos brinquedos que as crianças pedem nas cartinhas para o Papai Noel, e mesmo sem saber o valor exato dos gastos, ele já estabeleceu: “vou gastar bem menos que o ano passado!”

No entanto, o brasileiro aumentou o uso do cartão de crédito para compras, que responde por 52% do faturamento do comércio, e, simultaneamente, subiu o parcelamento nas contas. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), aponta que 62,3 milhões de brasileiros possuem contas parceladas, correspondente a 39% dos consumidores entrevistados com prestações de compras no cartão de crédito, cartão de lojas, crediário ou cheque pré-datado a pagar no mês anterior à pesquisa.

No caso de Ana Lúcia Lima, 57, ela aproveitará para ir às compras o quanto antes e afirma que pretende gastar menos este ano devido ao aumento dos preços. “Tudo teve um aumento assustador, em primeiro lugar, os combustíveis estão aumentando desrespeitosamente, está difícil de manter as contas em dia, em segundo vem, os alimentos […] ainda não sei como vou fazer com a ceia de Natal”, desabafa Ana.

Por Redação do Jornal de Brasília com informações de Sueli Moitinho

Foto: Agência Brasil          

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