Torneio de jogos eletrônicos deve reunir oito mil participantes em Brasília

De 24 a 28 de janeiro, Brasília será palco do 2º Aberto FBDEL (Cyber Open), torneio com diversas modalidades de games

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Entre os dias 24 e 28 de janeiro, Brasília será sede do 2º Aberto FBDEL (Cyber Open), torneio de jogos eletrônicos realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Distrito Federal, em parceria com a Federação Brasiliense de Esportes Eletrônicos e Tecnologia (FBDEL) e o Instituto Evolução, organizadores do evento, que deve reunir oito mil gamers na Biblioteca Nacional.

Arthur Jerônimo, presidente da FBDEL, explica que o torneio terá 11 franquias, termo usado para modalidades de games. “É a forma que a federação encontrou de fomentar o esporte eletrônico no DF”, diz Jerônimo. Qualquer jogador pode participar do torneio, basta se inscrever nas modalidades disponíveis no site da FBDEL (fbdel.com.br/evento/2-aberto-fbdel/), até este domingo (21/1).

O evento ocupará o segundo andar da Biblioteca Nacional, com o espaço Geek e outros utilizados para as competições e transmissão do torneio. O público poderá acompanhar gratuitamente a competição.

O Espaço Geek receberá os atletas do futebol e dos fighters (Street Fight 6, Mortal Kombat One, Tekken 7 e FC 24 ou 23). O local terá TVs e consoles próprios para games e as partidas contemplarão atletas maiores de 12 anos. As premiações neste espaço serão de R$ 600 (1º lugar), R$ 400 (2º lugar) e R$ 250 (3º lugar).

A central de transmissão ficará em uma das salas de estudo, onde é feita a cobertura, com entrevistas com atletas e convidados aos apresentadores dos podcasts NoLoby e ProGames.

A área de descanso da Biblioteca Nacional será destinada a competições na modalidade mobile Free Fire, League of Legend, Wild Rift. Os vencedores receberão R$ 1.250 (1º lugar), R$ 750 (2º lugar) e R$ 500 (3º lugar). Já o auditório da biblioteca será palco da competição de Just Dance, com premiação igual à da modalidade mobile. “Ao todo, serão 130 medalhas entregues para os atletas vencedores de cada uma das franquias”, antecipa Arthur Jerônimo.

A programação também terá um momento para capacitação dos gamers com palestra do Sebrae-DF sobre Empreendedorismo e Formalização dos times de e-Sports, o Curso Treinamento Pro player FBDEL e o lançamento do Cyber Open — circuito com duração de seis meses que será promovido aos fins de semana na Biblioteca Nacional de Brasília para todas as 11 modalidades.

E-sport

Em 9 de janeiro, a governadora em exercício Celina Leão sancionou a lei que regulamenta a prática esportiva eletrônica, os chamados e-sports, no âmbito do DF. “Esse reconhecimento facilita intercâmbios internacionais, parcerias, patrocínios e a ação de empresas interessadas em atuar no área de esportes eletrônicos. E o cenário de Brasília é surpreendente. Só nas modalidades PC (jogos pelo computador), tivemos 32 times inscritos”, observa Arthur Jerônimo, presidente da FBDEL.

David Leonardo, diretor de Games e Esports da Secretaria de Esporte e Lazer do DF, enfatiza que a maior expectativa com a sanção da lei é quebrar o estigma de que os jogos e esportes eletrônicos são apenas entretenimento ou mero lazer. Para ele, com a legislação, é possível trazer uma visão de que é uma área que possibilita o desenvolvimento humano e de inserção do mundo profissional, por meio da grande economia que abrange o mundo dos e-sports, seja na criação dos jogos eletrônicos, na produção de conteúdos de streaming ou nas competições profissionais, além de viabilizar políticas públicas para o setor.

“A regulamentação da lei reconhecendo a modalidade como esporte, auxilia os desenvolvedores de jogos, que criam games competitivos, por exemplo, a desenvolverem e empreenderem suas criações”, explica David. Para ele, a importância de eventos como o Cyber Open é trazer um cenário competitivo ao DF e dar a continuidade dos players na cidade. O treino e o interesse dos jogadores que querem se profissionalizar é essencial.

Jogadores

Fábio Augusto Santos, 20 anos, é morador da Samambaia Norte e trabalha como jogador profissional há dois anos. Ele costuma competir jogando Counter Strike 2 pelo time Shadow Spartans, já jogou para Dragon Forge, time no qual atuou por seis meses, até estar na sua equipe atual. Ele relembra que participava de alguns campeonatos entre amigos e, durante uma seletiva de CSGO, teve um resultado surpreendente. Após algumas semanas, recebeu uma proposta de uma organização para jogar pelo nome deles.

Interessados em se profissionalizar, como Fábio, podem participar de processos seletivos, para ligas universitárias ou nacionais. Campeonatos criados por organizações permitem oportunidades, como contrato, premiações e visibilidade. No Cyber Open, ele e sua equipe irão disputar a semifinal. “Estamos estudando constantemente o adversário, com toda a preparação e mentalidade, acreditamos que podemos ir para a final e disputar o primeiro lugar”, ressalta.

Bruno Marangoni, 22, do Riacho Fundo 1, joga EA FC (FIFA) profissionalmente há quatro anos e dá uma dica para aqueles que querem subir de nível nos jogos eletrônicos. “Você se registra no site da produtora do jogo e participa das competições oficiais. Se o resultado for bom, equipes e clubes te procuram para fechar um contrato profissional”, aconselha.

*Estagiária sob a supervisão de Malcia Afonso

Por Naum Giló, Camila Coimbra do Correio Braziliense

Foto: FBDEL/Divulgação / Reprodução Correio Braziliense

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