Após a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a Polícia Federal, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o delegado responsável pelas investigações na área de crimes cibernéticos na capital federal, João Guilherme, destacou o aumento significativo da atuação de organizações criminosas nesse tipo de crime.
De acordo com o delegado-chefe da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), esses crimes têm atraído os criminosos por atingirem um grande número de vítimas e gerarem prejuízos financeiros expressivos. “Estamos lidando com crimes multilocais, onde, muitas vezes, o grupo ou o autor reside em uma localidade, utiliza um terminal telefônico ou dispositivo de outro estado, e faz vítimas espalhadas por diversas regiões do Brasil ou até mesmo em outros países. As organizações criminosas estão migrando para esses tipos de crimes”, explicou à reportagem.
Ele também ressaltou a importância da união entre os órgãos de segurança para o combate efetivo a essas ações. “A cooperação entre as instituições, com ações conjuntas e troca de informações, é fundamental para garantir uma investigação eficiente e o combate, tanto preventivo quanto repressivo, a esses crimes que vêm crescendo rapidamente”, afirmou o delegado-chefe da DRCC.
Somente em 2023, uma média de 37 crimes digitais foram aplicados por dia no Distrito Federal.
Acordo
O acordo foi assinado na sexta-feira (27/9), conforme publicado na coluna Eixo Capital, do Correio. A medida tem como objetivo o compartilhamento de tecnologias para combater crimes cibernéticos na capital federal.
A parceria visa coibir a disseminação de material de abuso sexual infantil e fraudes bancárias on-line, oferecendo tecnologia avançada para enfrentar esses crimes. De acordo com a PCDF, os bancos de dados da PF poderão ser acessados pela segurança local, via VPN, de forma a compartilhar as respectivas informações com maior agilidade e eficácia.
O prazo de vigência do ACT será de 60 meses, podendo ser prorrogado mediante a celebração de aditivo. Além do DF, Goiás também já conta com essa parceria com a Polícia Federal.
Por Pablo Giovanni do Correio Braziliense
Foto: Carlos Vieira/CB/DA Press / Reprodução Correio Braziliense