A taxa de alfabetização de indígenas no Distrito Federal é de 94,5% — a segunda maior entre as Unidades da Federação, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, que alcançou 95,1%. Os dados fazem parte do Censo Demográfico 2022 sobre povos originários, divulgado nesta sexta-feira (4/10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, havia 5.032 indígenas de 15 anos ou mais de idade no DF, das quais 4.755 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 277 não conseguiam. Além disso, as pessoas com 65 anos ou mais foram aquelas com a maior taxa de analfabetismo, com 13,9%.
Já os homens indígenas de 15 anos ou mais apresentaram uma taxa de alfabetização de 94,6% na capital federal, em 2022, quase a mesma das mulheres indígenas, calculada em 94,4%.
Domicílios no DF
O levantamento do IBGE também analisou as características das casas no DF. Em 2022, do universo de 988,2 mil domicílios particulares permanentes ocupados, 4 mil tinham pelo menos um morador indígena, correspondendo a 0,4 %.
Entre os domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos um morador indígena no Distrito Federal, o Censo 2022 identificou um forte predomínio de casas cuja principal forma de abastecimento de água era rede geral de distribuição, poço, fonte, nascente ou mina, totalizando 3,9 mil domicílios, nos quais residiam 5,5 mil moradores indígenas.
Outra informação relativa ao abastecimento de água foi a forma como esse recurso chega até o domicílio. Para 96,1% dos moradores indígenas em domicílios particulares permanentes ocupados do Distrito Federal a água chegava “canalizada até dentro da casa, apartamento ou habitação”.
Além disso, sobre o sistema de esgoto, a situação mais comum encontrada no Distrito Federal foi o esgotamento por “rede geral ou pluvial”. Em 2022, 3,2 mil domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos um morador indígena, nos quais moravam 4,3 mil indígenas, representando 77,4% dessa população tinha esgotamento desse tipo. Em contrapartida, 12,5% encaixava-se na categoria “fossa rudimentar ou buraco”, onde residiam 698 indígenas.
Por Aline Gouveia do Correio Braziliense
Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press / Reprodução Correio Braziliense