Tuberculose atingiu 300 pessoas no DF este ano

Uma das doenças mais letais do mundo, a tuberculose é uma doença infecciosa que leva ao óbito caso não seja identificada e tratada corretamente

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tuberculose, conhecida como a segunda doença que mais mata no mundo, atingiu 309 pessoas no Distrito Federal apenas este ano. A infecção, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, atinge principalmente os pulmões e leva ao óbito caso não seja identificada e tratada corretamente.

Os dados são da Secretaria de Saúde (SES-DF). Já 2023 fechou os 12 meses com 429 casos da doença.

Anualmente, de acordo com a pasta, são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito.

Apenas no DF, há 27 mortes de 2023 em investigação por tuberculose. Para este ano, são 29 em investigação. Esses números ainda não foram oficialmente fechados pelo Ministério da Saúde e a área técnica segue fazendo as investigações para determinação da causa básica da morte.

Considerando os últimos anos, o DF mantém uma média no coeficiente de infecção da tuberculose. Na série histórica, a maior incidência ocorreu em 2012, com 13,9 casos por 100 mil habitantes.

Gama, Santa Maria, Asa Norte, Asa Sul, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal, Lago Norte e Varjão são as regiões administrativas que, em média, registram menos casos da doença. Já Águas Claras, Taguatinga, Recanto das Emas, Samambaia e Vicente Pires são os locais com mais incidência dos casos.

Sintomas

Segundo a Secretaria de Saúde, a tosse é o sintoma mais comum da tuberculose pulmonar. Ela costuma ser acompanhada de escarro.

Podem surgir, também, febre baixa, suores noturnos, emagrecimento, fraqueza, cansaço e dores no corpo. A pasta alerta que uma tosse persistente e por mais de 3 semanas pode ser um sinal de tuberculose.

A doença é transmissível e pode ser adquirida entre pessoas por meio do contato com a tosse, espirro ou qualquer fluído corporal do infectado.

“Ambientes fechados, mal ventilados, com ausência de luz solar, com aglomerados de pessoas tornam maior a chance de transmissão. Por isso, é importante manter a casa arejada, permitir a entrada de luz solar e manter as janelas abertas para adequada circulação do ar. A prática da etiqueta respiratória, como levar o braço ou lenço à boca e ao nariz quando tossir ou espirrar também diminui a disseminação dos bacilos. Essas medidas são importantes durante a fase de transmissão”, diz a pasta.

Tratamento

A tuberculose tem cura. Para o tratamento correto, é necessário que haja o diagnóstico correto. Os principais exames de diagnóstico para tuberculose pulmonar são: baciloscopia, teste rápido molecular (TRM-TB) e cultura.

Esses exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Após o diagnóstico, o tratamento consiste em tomar remédios diariamente por, no mínimo, seis meses.

“Com o início do tratamento correto há melhora expressiva do estado geral da pessoa com tuberculose, ainda assim, é essencial que o tratamento seja seguido até o final”, diz a SES.

O tratamento, no DF, é feito, principalmente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Veja a lista de UBSs do DF aqui.

Por Samara Schwingel da Metrópoles

Foto: Getty Images / Reprodução Metrópoles

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