Estudantes de Taguatinga conquistam o 2º lugar na XVIII Mostra Brasileira de Foguetes

O evento, uma iniciativa da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, foi realizado em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro

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Alunos do Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte (CEMTN) ficaram em 2º lugar na XVIII Mostra Brasileira de Foguetes, que ocorreu entre os dias 21 e 24 deste mês em Barra do Piraí (Rio de Janeiro). O evento é realizado pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), sendo aberto a escolas de todo o Brasil, tanto públicas quanto particulares. O CEMTN foi o único representante da rede pública de ensino do Distrito Federal a participar da competição.

Para que a equipe se classifique, é necessário que o lançamento do foguete alcance pelo menos 180 metros – o projétil da escola de Taguatinga foi lançado a 190 metros de altura.

Os professores de biologia, Ediney Barreto, e de robótica,  Brenda Santos, foram os responsáveis pela organização e acompanhamento dos estudantes na competição. Ediney relembrou o começo da proposta: “Esse projeto iniciou de forma bem rústica; não tínhamos material, quase nada. Lançamos primeiro num campo de futebol próximo à escola”. 

Com garrafas pet, os estudantes utilizam um sistema de água e ar comprimido em alta pressão que, quando liberado, gera o impulso de que o foguete necessita. Para tanto, podem usar propelentes à base de bicarbonato de sódio e vinagre.

Competição

A Mostra Brasileira de Foguetes tem cinco níveis distintos:

⇒ Nível 1 – Destinado aos alunos do ensino fundamental, regularmente matriculados do 1º ao 3º ano. Os foguetes são lançados obliquamente, movidos por simples impulso;

⇒ Nível 2 – Destinado aos alunos do ensino fundamental, regularmente matriculados do 4º ao 5º ano. Os foguetes são lançados obliquamente, movidos por simples impulso;

⇒ Nível 3 – Destinado aos alunos do ensino fundamental, regularmente matriculados entre o 6º e o 9º ano. Os foguetes são lançados obliquamente, movidos pela pressão inserida manualmente;

⇒ Nível 4 – Destinado aos alunos regularmente matriculados em qualquer série/ano/período do ensino médio ou superior. Os foguetes são lançados obliquamente, movidos pela pressão gerada pela reação química entre o vinagre e o bicarbonato de sódio;

⇒ Nível 5 – Destinado aos alunos regularmente matriculados em qualquer série/ano/período do ensino médio ou superior. Os foguetes são lançados obliquamente, sendo movidos por propulsão sólida.

Experiência

Os estudantes Kauam Rocha e Davi Barcelos, do 2º ano, além de Érika Maryanna Aguiar, do 3º ano, compõem a equipe vice-campeã da Mostra Brasileira de Foguetes. Kauam reconheceu o esforço dos professores em incentivar o grupo durante todo o processo.

“Nós pensamos que não daria certo, pensamos até em desistir, mas graças aos nossos professores conseguimos ir e chegarmos lá. Foi uma experiência nova para mim, de muito aprendizado, pois conhecemos majores da Aeronáutica Brasileira; conhecemos até um astronauta que lança foguetes para uma empresa coreana. Vou carregar essas memórias para a vida toda”, disse o jovem. 

Já Érika Maryanna destacou a importância de interagir com alunos de outras escolas e de outros estados: “Foi minha primeira viagem em grupo. Fiz amizades, encontrei pessoas de todo o Brasil, de cidades que eu nem conhecia. Então, foi legal a mistura de cultura e ciência da qual nós fizemos parte”.

O estudante Davi Barcelos ressaltou a importância da ajuda de recursos para incentivar a participação das instituições de ensino. “Na competição, havia escolas do interior do Maranhão – inclusive a que ficou em primeiro lugar – que possuem impressora 3D e cortadora a laser. Esse material ajuda muito a realizar o trabalho da melhor forma. Precisamos sempre de recursos, patrocínios”, apontou. 

Para a próxima edição, o professor Ediney pretende estender a participação dos estudantes. “Queremos levar três equipes no ano que vem. E agora, de 7 a 9 de novembro, teremos a jornada do Cerrado”, anunciou.

*Com informações da Secretaria de Educação

Por Agência Brasília

Foto: Mary Leal/SEEDF / Reprodução Agência Brasília

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