Saúde pública do DF e farmacêutica japonesa vão conduzir estudo de medicamento inédito para doenças hepáticas 

Takeda Global visita centro de pesquisa do Hospital de Base e aposta em parceria para novas descobertas

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Representantes da farmacêutica internacional Takeda Global visitaram, nesta quinta-feira (25), o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) para conhecer o trabalho realizado no centro de pesquisa do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). A unidade foi escolhida para conduzir um estudo sobre os efeitos de um novo tratamento em pacientes com doenças hepáticas.

A gerente de pesquisa da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa do IgesDF, Ana Carolina Gomes, apresentou a estrutura do hospital, os dados de atendimento e os projetos de pesquisa já em andamento.

Para o chefe de assuntos médicos para gastroenterologia da Takeda Global, Marcelo Freire, a visita ao Brasil deu uma nova perspectiva à empresa. “A Takeda definiu que o Brasil é um país-chave para o desenvolvimento de novos fármacos. Vimos que o HBDF tem grande potencial de colaboração, principalmente por reunir diversas especialidades que dialogam com nossas áreas de atuação. Isso abre caminho para parcerias muito promissoras”, destaca.

A gastroenterologista e hepatologista do HBDF, Liliana Sampaio, responsável pelo estudo em andamento, ressaltou o impacto positivo da visita. “A equipe da Takeda saiu com grandes expectativas e ficou impressionada tanto com a estrutura hospitalar quanto com a de pesquisa clínica. Eles perceberam várias possibilidades de novos estudos dentro do hospital”, afirma.

Os representantes da farmacêutica também fizeram um tour pelo hospital, passando pelo ambulatório de gastroenterologia, broncoesofagologia e neurofisiologia, além da ala de internação em reumatologia, endocrinologia, gastroenterologia e infectologia.

 O chefe da área terapêutica de gastroenterologia e inflamação da Takeda Global, Chinwe Ukomadu, destacou a dedicação da equipe do HBDF. “Encontramos profissionais que realmente se preocupam com o paciente. Esse cuidado é algo que temos em comum, junto com o compromisso de melhorar a qualidade de vida de quem convive com doenças hepáticas. Isso é essencial para uma boa colaboração”, reforça.

A pesquisa

O estudo que será conduzido no Hospital de Base tem como foco uma doença rara no fígado. Ela aparece quando o organismo produz de forma incorreta uma proteína que, em vez de circular pelo sangue, se acumula no fígado. Esse excesso funciona como um “lixo tóxico” que o corpo não consegue eliminar, provocando inflamação e cicatrizes que podem evoluir para fibrose, cirrose ou até câncer. A pesquisa vai avaliar se um novo tratamento consegue interromper a produção dessa proteína defeituosa, reduzindo o acúmulo no fígado e, com isso, freando a progressão da doença.

Os cientistas também vão observar duas frentes principais. Uma é a eficácia, ou seja, se o tratamento é capaz de melhorar a saúde do fígado, reduzindo inflamações e cicatrizes. A outra é a segurança, avaliando se a terapia é bem tolerada e não causa efeitos colaterais graves.

A Takeda Global

Fundada no Japão há 244 anos, a Takeda é uma biofarmacêutica presente em 80 países e com sede no Brasil desde 1954. A empresa atua em diversas áreas terapêuticas, como gastroenterologia, doenças raras, oncologia, neurociência, vacinas e terapias derivadas do plasma.

“Nosso objetivo é avaliar se essa abordagem pode se tornar uma nova opção terapêutica, oferecendo mais qualidade de vida às pessoas que convivem com essa condição rara”, afirma Liliana Sampaio, a responsável pelo estudo.

*Com informações do IgesDF

Por Painel da Cidadania

Fonte Agência Brasília

Foto: Alberto Ruy/IgesDF

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