Em alusão ao Dia Mundial da Diabetes, celebrado em 14 de novembro, o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) promoveu uma grande ação de saúde nesta sexta-feira (12), das 8h às 12h. Foram oferecidos testagem de glicemia capilar, aferição da pressão arterial, questionário de risco da Sociedade Brasileira de Diabetes, hora do exercício, orientação sobre opções de alimentos saudáveis e distribuição de frutas.
“O objetivo desta ação é alertar sobre os bons hábitos alimentares, sobre a importância de praticar exercícios físicos e trazer à comunidade a importância de se prevenir, já que 50% das pessoas com diabetes não sabem que possuem a doença, pois é uma doença silenciosa”, informa a gerente do Cedoh, Alexandra Rubim.
A ação ocorreu no estacionamento do Cedoh e o atendimento foi realizado pela equipe multidisciplinar da unidade em parceria com os alunos do 1º ano de Medicina da Escs. Além de atender quem passava pelo local, 60 profissionais do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) estiveram na ação.
“Fizemos este convite ao SLU para que estas pessoas participassem desta ação, porque muitas vezes elas não têm tempo e nem disponibilidade para ir buscar atendimento em uma unidade específica. Elas estão recebendo todas as orientações acerca de bons hábitos de vida. Também entregamos um cartão com os resultados dos testes e quem apresentou alguma alteração, orientamos que busque o atendimento na UBS mais próxima de casa”, afirma.
O objetivo desta ação é alertar sobre os bons hábitos alimentares, sobre a importância de praticar exercícios físicos e trazer à comunidade a importância de se prevenir, já que 50% das pessoas com diabetes não sabem que possuem a doença, pois é uma doença silenciosa Alexandra Rubin, gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão
Foi montada uma mesa com demonstrações de pratos saudáveis que podem ser feitos no dia a dia, para ficar claro que é possível manter uma alimentação saudável sem gastar muito dinheiro. A gari Cristiane Sousa, de 55 anos, ficou atenta às orientações sobre uma dieta equilibrada.
“Eu já cheguei a pesar 120 kg, consegui emagrecer 20 kg e sigo na luta para perder peso, mas não é fácil. Tento ter hábitos saudáveis, pois na minha família tem histórico de diabetes. Meus exames não deram alteração hoje, mas é sempre bom ficar de olho”, relata.
Para Cleonice Maria dos Santos, 44 anos, gari, a ação foi ótima e deveria ocorrer mais vezes, pois, além de fazer exames básicos, como aferição de glicemia e da pressão arterial, ela ainda tirou dúvidas sobre os melhores alimentos a incluir em sua dieta.
“Já sou pré-diabética e sempre estou tentando manter uma boa alimentação. Hoje pude ver o quanto alguns alimentos podem prejudicar a nossa saúde, pois têm muito óleo ou açúcar. Vou me inspirar nesta mesa para fazer uma dieta correta”, conta.
Na mesa de demonstração de pratos saudáveis havia também a quantidade de óleo e de açúcar em alguns alimentos, como refrigerante, salsicha, linguiça, macarrão instantâneo, chocolate e biscoitos que, se consumidos rotineiramente, causam excesso de peso a médio e longo prazo.
De acordo com a nutricionista Fernanda Farias, quanto maior o consumo de proteína, principalmente no café da manhã, maior é a produção de GLP1 (hormônio que ajuda na saciedade) ao longo do dia. Vale lembrar que o sobrepeso e a obesidade aumentam as chances da pessoa desenvolver diabetes.
Diabetes no DF
Hoje, a porta de entrada para o atendimento de pessoas com diabetes é na Atenção Primária à Saúde, por meio das unidades básicas de saúde. Se a pessoa for diagnosticada com a doença, muitas vezes silenciosa, deve ser encaminhada para o atendimento com o endocrinologista para avaliar qual melhor tratamento.
“A diabetes é uma doença que só cresce no mundo. No DF nós estimamos aproximadamente 200 mil pessoas afetadas pela diabetes. Porém, muitas ainda não sabem que têm a doença porque são pacientes que possuem poucos sintomas”, explica Eliziane Leite, Referência Técnica Distrital (RTD) de Endocrinologia e Diabetes da Secretaria de Saúde.
Segundo ela, as pessoas com risco de desenvolver a diabetes são as com histórico familiar de diabetes, sobrepeso ou obesidade, sedentarismo, quem tem a circunferência abdominal fora de uma meta estabelecida como segura, alteração na glicemia em jejum e mulheres que tiveram diabetes gestacional durante a gravidez, pois a diabetes pode aparecer até seis anos após essa gestação.
As pessoas que se enquadram no grupo citado devem procurar uma UBS para investigar se têm ou não a diabetes, pois o diagnóstico precoce é de extrema importância para a eficácia do tratamento e qualidade de vida, por isso a campanha Novembro Diabetes Azul chama a atenção para o cuidado e prevenção da doença.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Por Agência Brasília com informações de Sueli Moitinho
Foto: Agência Brasília